segunda-feira, 8 de junho de 2015

Intercâmbio de informações: importando registros.


Organizar o conhecimento de forma passível de ser recuperado pelo usuário faz parte da função do profissional da informação. Essa organização do conhecimento gera um registro representativo do documento que foi descrito, sendo que esse tratamento da informação é conhecido como catalogação ou representação descritiva.
A representação descritiva gera dados bibliográficos e de localização, sendo que tais dados dão origem a registros bibliográficos, os quais contém informações que permitem identificar e localizar uma obra. Antigamente esses registros eram feitos nas chamadas fichas catalográficas, que possuem um padrão de tamanho estabelecido internacionalmente (12,5x7,5). Essas fichas eram armazenadas nos tradicionais armários de ferro, formando o chamado arquivo horizontal, onde o bibliotecário verificava as solicitações de obras dos usuários. No entanto, a partir da metade do século XX a comunidade bibliotecária passou a estudar modelos de sistemas automatizados para implementar nas bibliotecas com o objetivo de facilitar não apenas o trabalho do profissional da informação, mas também e principalmente a busca e recuperação, propiciando uma busca mais precisa, pois antes a busca dependia do bibliotecário ver ou não um registro, podendo existir falhas (BARBOSA, EDUVIRGES, 2010).
Assim sendo, em 1969 a Library of Congress cria o MARC II (Catalogação Legível por Máquina), formato que da origem há vários outros, sendo que foram adaptados em diversos países.
“Esse formato se caracterizava por sua extensabilidade, flexibilidade e pelo intercâmbio de informações de uma maneira universal e ágil”  (BARBOSA, EDUVIRGES, 2010, s.p.).
Atualmente é usado o formato MARC 21, que foi criado em 1999 com o objetivo de servir como formato internacional. O MARC permite intercambiar diferentes tipos de informações em diferentes tipos de sistemas. O MARC permite o intercâmbio de informações diferentes porquê possui “versões” que permitem a descrição de tipos de dados diversos: “bibliográfico (completo, conciso e LITE), MARC XML, de autoridades, de coleções, de classificação e de informação comunitária, além das tabelas de codificação para áreas geográficas, países e idiomas” (BARBOSA, EDUVIRGES, 2010, s.p.).

Além de acelerar o processo da representação descritiva, o MARC possibilitou uma catalogação cooperativa mais eficiente.

NA PRÁTICA.


Na quarta versão do biblivre, a importação de registros
encontra-se como uma das opções do menu de catalogação.




Ao selecionar a opção, abre-se uma tela auto explicativa sobre as diversas
opções para a importação de catalogação possíveis, desde que o registro
anterior faça uso do formato padrão MARC, XML ou ISO2709, como pode-se ver na
explicação dada pela página


A primeira opção oferece a ferramenta de upload para
arquivos de registros bibliográficos (relembrando, desde que sejam compatíveis
com MARC), podendo enviar o arquivo logo em seguida para a agregação dos dados.

A segunda opção oferece uma gama de registros oferecidos por
bibliotecas de várias partes do mundo para importação, através de um campo de
busca. Como exemplo, procurou-se a palavra “Liberty” no campo “título” e no
catálogo da Library of Congress – EUA. Ao buscar, mostrou-se todos as opções de
importação com ferramentas laterais simples “não importar”, “registro
bibliográfico”, “autoridades” ou “vocabulário”, e ainda oferece a opção de
editar algumas das informações nos campos MARC antes da importação.





Outra opção de importação de registros é a feita
manualmente. Essa possibilidade se dá devido ao campo de inclusão de informações
sobre a obra em formato MARC no momento de se fazer uma nova catalogação. Ao
invés de fazer um novo registro pelo aba “formulário”, abre-se a aba “MARC” e transfere-se
manualmente o registo MARC de outro sistema para o Biblivre. Todas as
informações colocadas em código aparecerão de forma limpa no campo formulário, facilitando
para que o catalogador possivelmente altere dados necessários ao que necessita.

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